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| Poesias-->Pelas Vezes -- 02/12/2004 - 14:12 (José Ernesto Kappel) |
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Era um momento de três tempos,
de três luas absortas
e três saias feitas do
redemoinho de ventos !
Era tempo de antigamente
parente e amigo.
Era doce e fugaz,
tempo que algum dia viveu
entrelaçado entre nós,
sozinho, mas sempre
coberto de luzes.
E como dói os amores
marcados por datas e
folhinhas de padarias!
Elas são, mesmo em papel,
cheiradas à pão e ardidas!
Foram três momentos
em duas vidas,
e um amor
que acabou de ser tanto eterno!
E foi assim,
sob a lua de alguma primavera,
que ninguém esquece mais,
que ela fez as malas e disse
adeus, de bom grado,
para seu mundo,
levando também o meu!
Que duvidem os incautos em paixões!
E mil novecentos passou.
E ela se foi ela.
E eu atônito.
e eu contando o tempo.
Assim, sem sol naquele dia,
ela partiu.
Deixou um recado.
Tão à tôa e tão sentido!
Vago o vago,
e agora basta,
ávaro!
Ela se foi!
Eu, pobre fiquei.
Guardei só uma lembrança
dela:
a saia vermelha
rodopiando no tempo
dos sozinhos! |
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