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Poesias-->O Trem de Ontem Já Partiu -- 02/12/2004 - 09:24 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De longe fiquei olhando,

seus cabelos castanhos,

envelhecerem.



Uma infinidade de brisa

com gosto de tempo,

repassava por seus fios arenosos,

revisando sua tez,

alvorecendo seus lábios

mas me tangindo de surpresa.



Mas foi ontem,- disse eu - ,

que a vi crescer,

sempre tangida por luz,

vinagrete e mal-doce,

por olhos argutos

e talvez meio tristes.



Mas porque não me falou?

Esse tempo sem voz,

que só faz criar raiz

e pêndulos de insensatez,

bem no fundo da alma!



De longe vi tudo,

e sempre caminhando entre

postes e esquinas,

entre companhias nada

complascentes,

deixei-me levar

pelo ontem

e me amordeci de

ira passageira e vã

odiosidade pelo tal tempo.



Quis falar, mas

poucos deixaram.

Gritar muitos menos.

Poucos alheavam.



Era uma alvorada

às escuras,

sempre tendo você na frente

e eu, meio augusto e simples,

sempre perguntando o que

fez, o que fez este tolo tempo

em seu corpo,

que me deixou às vagas,

que me fez implicar com o céu,

e ser derrotado à meia-luz

pelos espíritos que habitam

além-mar!



Se a história sempre foi assim,

assim não me contaram.



Essa história de envelhecer

já é contos de fadas,

não tem santo,

nem mordazes capuchinhos,

que vão lá explicar,

ao menos entender!



Fico quieto, até certo ponto,

mas que dá vontade de

gritar, feito pluma na tempestade.

Lá isso dá.

Crameja,mas dá.



De qualquer forma,

o tempo nos levou

pra além

do possível,

terra de ninguém,

onde pássaros já

voam mancos !



E ainda vem a moça,

de branco e rosa

lá me perguntar:

Mas "seu dono", o que

fizeram de sua chama,do

seu ventre, do choque interior?

de maestria voraz sempre

ardonado por colunas

de gessos?



E lá vem a tal moça

me dizer,sincera:



Ei moço,

o trem de ontem

já partiu.

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