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| Poesias-->Perdido, Sem Dó ! -- 02/12/2004 - 08:45 (José Ernesto Kappel) |
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Abóbodas sem teto
fazem chover.;
meia-luz embriaga os
sentidos,
e me faz te ver.
Se algum dia eu passar por ai
quero ver minha antiga nação,
quero ver o povo tribuno
discutindo sexo no meio
da velha praça.
Próximo, rondam estátuas,
que ninguém liga ou quer
conherer.
Próximo, assentam-se flores
mordicadas pelo abandono.
e sacrificadas à luz do sol.
Há barraquinhas de crianças,
velocípides invencíveis,
babás entendiadas de musgo de
solidão,
e muita sombra vinda de árvores
copadas de cor.
Folhas soltam-se dispersas
e vêm cair nas cabeças calvas
dos sentantes, ou roçar as pedras
hexagonais que firmam o piso,
mas faz vãos tropeçáveis.
À frente da praça acorda
o comércio e marca o início
da rotina das horas.
Eu? Eu sou isso tudo,
numa mistura de céu e terra,
de infernos e ansiedades.
Eu? Eu estou perdido
no princípio e no fim
destes homens,
mulheres e crianças.
Lembrar pouco,
faz sofrer de menos!
Eu?Estou num sonho que não
foi feito prá acordar.;
num sonho feito
de dormir prá
sempre
com imagens,sons
e dores.
Eu?Estou perdido
entre meu mundo
que arde,
e outro mundo
que nasce,
sem pedir licença.
Eu? Sou simplesmente uma sombra,
um espírito vago, ou um pedaço
de morte ! |
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