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Poesias-->Um Pouco de Herói -- 01/12/2004 - 09:37 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era eu um símbolo que

fazia rodopios diante

da memória:

sem atrações,

sem bandas,

era um subúrbio de

solidão,

onde o feérico

eram as lágrimas

iluminadas por postes

enviezados.



Foi um tempo sem nome,

que ninguém alcança.

Foi uma época de renome

onde se perde até o

simples sonho de amar.



Foi um tempo assim,

lá atrás, onde dormem

os esquecidos.



Foi desta época que

guardo coisas

que nunca se vão:

o pão ardido da manhã,

as vielas apaziguadas de sereno,

as ruas vazias de mulheres,

as cores cinzentas

que remexiam as casas

num tom úmido e disperso.



Foi ali que me tornei

homem de quatro

espadas,

cavaleiro sem reino,

homem avulso,

sem amor,

devedor,

dono de causas perdidas.



Época que fui herói

de mim mesmo,

onde me perdi de tão só,

que só ganhava meia-hora

de vida

nos braços de quem passava,

se lá eu pagasse!



Fui nobre,

mas isso já não

é mais vantagem.

Sou parte da legião

dos desabrigados,

e rezo, todos os dias,

prá vida cessar

e me levar, sem pensar!
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