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Poesias-->Coisa de Vinténs -- 01/12/2004 - 09:26 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Onde eu entro nessa história de várias

entradas e poucas saídas?

Onde me resvalo entre a procura e

pequenos achados?



Se faço sombra é porque meu sol mingou à

distância de teu espírito, se entardeço é porque,

lentamente, respingos do tempo

apagam o que me resta na lembrança.



Mas quando todos se forem

-como eu fui - terei uma

hisória prá contar e outra

prá sonhar.



Não me faço de tolo - não tenho mais jardins - ,

e peco ao tocar no fogo que atiça, embraveja

e de mim foge e dele me fujo e me arreio de medos.



Que esperança é essa que morre no início,

que dorme sem resumos e faz da vida

apenas um rascunho?



Mas quando todos se forem

eu aqui estarei montando guarda de rei,

à sombra de laranjeiras, cheiros de froás,

e alamedas inundadas de ciprestes

tão imensos que se não me dão medo e

lá não me dão prazer!



Tenho o tema mas não tenho a

flauta.

Que fim eu levei?

Sou um milagre ao contrário?



E me escapa, meiga e terna

é o que posso dizer assim de

tão longe?

- de trem não posso ir.;

- bondes não passam mais lá,

- carrugens só deslizam no barro !



E viva Maria,

meu doce encanto de mulher

comida pelo tempo

e desgustada pelos deuses.



E Viva Maria, que me acode

quando a tarde sem mais cair

vira noite dentro de minha alma.



E da noite surge o sonho e o nada,

são apenas pinguelas de ouro

que ouso dizer:

Viva Maria,

As ouça!



E fica minha história de três pecados:

o primeiro por contá-la

o segundo por nela acreditar.

e o terceiro, por nela viver!



Mas às 13 horas do dia seguinte

viro gente, como de marmita no celeiro

e tomo uma garrafa de aguardente-

de-cheiro e de saudade.



Agora, pois tudo agora morreu

Até o próprio início se atirou no mais fundo

precipício!



E como não tenho a quem clamar

sonho eu com o dia que

jamais virá.



Com a deusa que - vestal -

me confunde, mas não me socorre

só me atiça entre o fogo e a pedra.



José....pega o bonde das seis,

compra o jornal da tarde

senta no bar da esquina

e toma lá mil litros de aguardentes

de vinténs

porque lá te aguardam mil peças

de ouro e deusas de barro

que a chuva amena leva e trás

e um dia fará você uma viva paixão...

De verdade !





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