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Poesias-->Água de Sal -- 01/12/2004 - 09:05 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou justo,cristalino,inclinado,

perfaço a água, como infusão,

de um brado de amor.;

sou aquoso,oxidante,

perfurador de ânsias,

barítono de uma grandeza

que me fez,um dia,

rei dos feéricos.



Rústico, de qualidade suspeita,

até precária,

rodo mundo como um riacho

sem precdentes:

nada me aguarda, as portas

estão fechadas,

sou piracema lustroso

e caminhante rodeado

de sal.



Axés!



Rodo à volta,

e nela goteja

louro-cerejas que formam

frutos,

que,algum dia,

será água de rosas

mas sem face,

com presença falida,

em minha borda mortuária.



E rodo mundo sem cordas,

e enfrento lagos,fontes,

bradeado de chuva.

Até vento de ordem!



Sem valor,mais zeloso,

rodo por dutos seculares,

destilado,meteórico,

de tamanho fácil

e cheio de dores

vacilantes.



Se somos dois,

somos parte de água,

lustral das flores e musgos,

percorrentes da vida e da

morte - lá onde cai o sol

e levanta a lua.



Se somos dois,

somos partes,

e dentro de amores,

a gente jura, sem querer,

o que hoje é dormente

amanhã será diferente.



Nas águas panadas

levamos o sabor amargo

da despedida.

Mas,

sem cores aladas.



Um dia você se foi avoada,

como rolam águas,

sem jeito de partir.

Um dia você se foi

como coisa do passado.



E teve gente que disse:

lá vai ele:

carregado de intrigas

e pouco perdão.



Lá vai ele - diziam -

O homem que veio da noite,

disfarçado e descobriu

o fogo,a pedra e a água.



Mas, desvendado de carinho,

foi morrer

entre os reluzentes

marinheiros

de alguma praia

sem nome e perdida.



Lá na fervura,

onde aquecem

o gosto do amor-mar,

de cerejas e espinhos,

e dormindo, pra sempre,

ao lado de uma definhante

água-marinha.
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