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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Um Dia Foi Assim -- 01/12/2004 - 08:57 (José Ernesto Kappel) |
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De que valem tantas pedras,
presas aos ombros,
com amarras de cordas
de vime e crespadas de vidro?
De que vale meu início
se ele não tem data,
nome ou paisagem?
De que me vale vagar
em moinhos de trigo,
que faz o caminho e o mundo,
que faz a trilha, mas é sempre
o contrário dos espelhos.
Se me vergo à estação do medo,
é que dorme em mim os que foram
e os que serão.
Bravo rejubilo que, em meu caos,
canta a trova do medo,
cria o corpo e o faz duende
ao próximo e ao mais próximo.
Vive do nada, que não tem data,
aos reis sem nome,
ao cultivo do sal na
Ópera dos Alados.
Se um dia foi assim,
perco em mim o
gesto e a postura.
Por comodidade,
é róseo e vasto este mundo.;
é cruel se me deixar
vivermais uma vida
sem ser mais ser dela. |
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