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Poesias-->Última Madrugada -- 30/11/2004 - 00:06 (Ana Pierri) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O silêncio da madrugada embala teu sono.

A rua é tua morada.

No teto, Lua e estrelas.

Velho cobertor em farrapos,

parcos e míseros trapos,

aquecem teu corpo cansado.



Tu ainda és homem, ou não?



Afogadas na cachaça – doce companheira –

tuas tristezas foram esquecidas.

Não lembras teu nome,

tampouco tuas feridas.

Quem foras? Quem és?

Há muito perderas a razão.



Eis que, vítima da insensatez humana,

do sono é despertado.

Acordas nos braços de um anjo,

que, ao ver-te assustado, conforta-te:

“ – É findo o pesadelo, meu filho!”

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