Não chores pelo amor que já se foi
Mas vive a machucar tua memória.
Deixá-lo é esquecer a própria história,
Mantê-lo é negar o que há depois.
Recorda-te apenas, se capaz,
Daquilo que o amor trouxe de bom.
Não chores, pois é triste ouvir o som
Do pranto de um amor que não há mais.
Não chores, pois de olhos embaçados
Como há de perceber que ao teu lado
Existe quem lhe queira com ternura?
E havendo em teu peito, vaga aberta,
Aceite a inscrição deste poeta,
Na mais singela e vã candidatura.
Rogério Penna
nov. 2004 |
