Usina de Letras
Usina de Letras
18 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63668 )
Cartas ( 21370)
Contos (13315)
Cordel (10367)
Crônicas (22592)
Discursos (3253)
Ensaios - (10814)
Erótico (13604)
Frases (52120)
Humor (20222)
Infantil (5672)
Infanto Juvenil (5034)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141120)
Redação (3384)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1979)
Textos Religiosos/Sermões (6421)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->ESPAÇO AMARGO TRANSGÊNICO -- 28/11/2004 - 19:51 (wildon lopes da silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




EU TENHO UM GOSTO AMARGO NA BOCA...

___________________________________



Um gosto amargo

e amanhecido.

_ do sol.

_ do sal do seu corpo suave.

Na boca do sol

tenho um gosto de sal.

Um gosto amargo

e bem conhecido.



Eu tenho um gosto amargo de mim mesmo.

_ dos detentos solítários.

_ dos andarilhos cadafalsos

a quem vivo solidário.

Os que vôam pela vida afora

e num vôo de ave

acabam indo embora...

(sumindo dos meus pensamentos e deixando aquele gosto amargo)

Vôam em busca da liberdade

cismam pela liberdade

lutam pela liberdade

amam a liberdade,

e permanecem a vida toda dentro da cidade!



Eu tenho um gosto amargo na boca!

Um gosto do cheiro dos bêbados adormecidos nas ruelas.;

Um gosto do cinza dos farrapos das crianças esquecidas.;

Uma saudade do tempo dos meus amigos

que serenemente

caminhavam descalços

cantarolando palavras

que curavam sequelas.

Eu tenho o gosto de uma esperança viva

dentro da minha saliva.

Eu tenho o poder

que eu não tinha

que eu achava que tinha,

dentro do meu coração!

Eu tenho o espaço e a cadeira cativa:

_ sou uma criança que sempre faz quando alguém diz sempre Não!



Eu tenho um gosto amargo na boca,

o gosto do "Bom senso e do Bom gosto",

o sentimento do incenso e do ar tenebroso,

o alívio da passagem do tempo das Diligências

o paladar suave e o aroma dos vinhos de Portugal

dos tempos de Antero de Quental.



Eu tenho um gosto amargo

na tua boca...



Um gosto dos romances

[ das prosas e das poesias]

dos velhos intelectuais...

Um gosto perpétuo

mas não esquecido

[ dos velhos poetas falecidos]

daqueles tempos em que meus amigos

e eu,

andávamos descalços

pelas ruas e sargetas

rodopiando

em piruetas...

[tentando mudaras regras]



Mudar o gosto!





wildon

22/10/1982

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui