LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->MATO AD ENTRO HUM -- 28/11/2004 - 19:42 (wildon lopes da silva) |
|
|
| |
MATO AD ENTRO ( 1 ) -
HOMENAGEM A TODAS AS PESSOAS QUE ESTUDARAM NAS "FACULDADES OSWALDOCRUZ"
... nos tempos da Ditadura Militar!
Cheiro de povo
cheiro o povo
cheio & polvo
cheiro de novo.
Flor enclausurada
sob uma cidade
c a l a da !
Fria noite em que dorme
a cidade a ver estrêlas de concreto
ARMADO,
AMADO,
ARRUINADO.
Sua virgindade rompeu-se
com a vinda do nosso Cristo Salvador:
A Volkswagen do Brasil Ltda.
Séculos passaram-se,
séculos vieram e
ides & vides,
profissionalmente e progressivamente.;
progresso que te suja e te corrompe
progresso sujo que te interrompe...
e
G
O
T
E
j
A
M
sobre teus olhos, as lágrimas choradas por um povo sofrido,
a lama do teu mijo meticuloso
a chama dos teu olhos charmosos
e o espaço que sobrou pra nós:
lamacento e cinza!
E o gás lacrimogênio continua sobre as cabeças do povo que serevolta,
dispersa estudantes de esquina em esquina,
moços e moças choram
por seu leite derramado,
por seu povo amado:
_essa é a vossa sina.
Cada árvore morta nas nossas florestas
sufoca meu peito,
rouba-me o ar que respiro
e só!
O governo estúpido tira-me
a sombra
onde meu corpo repousa nas horas vagas
onde estudo o valor da clorofila,
e ainda preciso permanecer na fila
pra receber o ar que necessito.;
não!
Para morrer aflito
e pra você encontrar-me caído... moído... inválido.
Feito aquela árvore que tombou:
caule, folha, tronco!
(deixaram tudo lá jogado no chão, pro lixeiro pegar amanhã.)
ODONODO
22/10/1983
|
|