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| Poesias-->Ferida de Sal -- 26/11/2004 - 10:54 (José Ernesto Kappel) |
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aprendi a escrever
por dever,
desaprendi
lendo
os artistas
de pena, e
carrapichos
de
que nunca
ofendi.
me parto em dois,
por sofrer
na floresta
feita de arquivos,
morando com
esquilos,
chorando
fácil
por tudo
aquilo.
hoje se foram:
o início e o fim,
todos bem partiram.;
se é demais dizer,
um torto e afogado
no tonel da vida.
eu, esperto,
só rezei.
e de perto
esperei
ele levantar.
qual. mortos
não andam.
mas na minha
terra de ócio,
perto da rocinha,
mortos andam sim:
depois da meia-noite
das almas,
de pó se tornam
gente!
que agouro!
que aperto!
ter medo do
próximo que
se foi
pra terra
de não dizer,
só sei cantar,
prosa e verso,
e, de pouco,
aprendi a
chorar.
não lamente não,
amor de roça
é assim mesmo,
tem trilhas
e longas
sombras
prá você deitar,
e, cálido, amar.
estar na estação
de chegada
e partidas,
não quer dizer
que você fique,
não quer dizer
que vá.
você é um ponto
de espera,
um momento
da vida,
abrigado
de lanças
partidas.
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