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Poesias-->No Fundo do Poço -- 26/11/2004 - 10:48 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se o tema é vasto, e bem além,

eu também sou cumprido,

uso chapeleiras,

e roupas de vintém.



Sou pobre igual a uma porta

sem o espaldar do verniz,

sem, ao menos, ter uma

varredura de pincel de atriz!



Se o tema é vasto

eu também sou cumprido,

e não me basto!



Pois lá no Palácio dos Homens

que inventaram o avental,

da falsa prosperidade,

reina o desorgulho

e a vergonha,

de estarmos todos

vendidos no areal

da descompostura e leviandade.



Agora tá no fim,

o fim de um círculo,

onde aconteceu de tudo,

até o mais simples:

governar comprando

todo mundo sem vínculo.



E o Brasil foi afundando

igual a navio sem sono,

roça daqui, roça de lá,

e fomos todos levando

nossa fome e ardor

pro brejo -cheio de ônus -.



Se o tema é vasto

eu também sou comprido

e me envergonho ao lastro!



Os homens estão se despedindo

com os bolsos cheios de rastros

de dinheiro vivo e brincos

de ouros, das senhoras-madames,

que brincaram com a gente

e com os cofres de aço.



Tá chegando ao fim!

E como sou também comprido,

de longe a voz ergo e

tenho o direito de também falar

todo ferido:

pobre de quem nasceu aqui,

mas uma taça, ergo,

ao nosso Brasil viril

que foi levado até ao fundo, sim,

num buraco sem tamanho ao paladar

da fome e do desemprego!



Mas ainda resta em nós

um grito varonil:

ninguém segura este Brasil

de gente boa que sonha doce à mil!

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