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Poesias-->Muito Arde ! -- 26/11/2004 - 10:40 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou casado e bem casado,

no dia, houve festa e muitos assados,

todo mundo beijou a noiva

e eu fui acariciado

pois estava uma coisa.



Passamos bem a lua-de-mel,

num hotel de três estrelas

à beira-mar, de mãos dada e até

com muito gel !



O tempo foi passando

e eu muito amando

minha querida esposa

cheia de novas coisas.



O tempo passou mais ainda

Os anos vieram - que coisa linda:

Eu trabalhando o dia inteiro

e a mulher sempre cheia de afazeres



Ah! adoro aquela mulher,

mulher que não dá azia,

é enfeitiçada, e sempre me dando de colher

o que eu queria, e

coisas que eu nem imaginava

que, no mundo, tais coisas se fazia!



Mas foi num belo dia

que cheguei mais cedo

do trabalho. As costas me ardiam!

E quando abro a porta do quarto

Vejo na cama ela e com quatro.



Os comedores até

se assustaram.

Também!



A mulher parecia

um harém!

Mas acreditar, custou,

ver minha mulher

rezando amém.



Corre daqui,corre dali

ela me carrega pra cozinha

pra uma conversa bem sozinho.



Ela, boa também de conversa,

me explicou a história controversa

com muita emoção:

pecou sem querer, foi o

destino que mandou – diz ela -

quatro homens que sabiam

soletrar o verso,

a fez cair em tentação.



Pediu perdão, pois caiu

no fogo eterno da encarnação

sexual, onde todo mundo mete

pensando numa boa ação!



Perdoei a pobre mulher

pois estava cansada e suada.

Dei a ela um calmante de colher

e vesti a querida com muito alado.



Os ditos homens pecadores

fugiram pela janela

em completo suadouro!



Desde aquele dia, ela mudou,

e mudou pra sempre seu andor,

sempre discreta,

nunca a homem mais ela ligou.



Sei disso porque ela é uma santa

E cheia de encanto.



Só estranho que trabalhe toda noite.



Ela arrumou serviço sem antros,

de madrugada,

vai sempre bem vestida

de saia curta e alugada



Sai lá pelas dez e só volta às cinco!

Pobre mulher, até lhe dei um brinco

prá no seu trabalho à finco

ela mais bonita ficar até até o sol à pino!



Pobre minha mulher,

deusa de meu coração,

nunca mais na vida enganou

este velho e esperto homem

que a tudo fareja, igual

à um cão,

e sabe que o amor não vem de bandeja

mas numa bela canção!



E se alguém dela falar

fico irado e

pego meu trabuco de balas

e enfio no primeiro

que disser: lá vai o Beto

chifrado!



Pois a bem da verdade

ela não me deixa mais entrar

lá no seu campo santo,

pois diz que agora tudo

muito arde,

e logo cai em pranto!



Acredito piamente na mulher

que já não pode me dar

por justa causa,

e por motivo que vem a calhar!



Meter nela dói,

disse ela,

e eu deixo pra lá,

pois sei, sem querelas,

que nosso amor é bem eterno!

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