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Poesias-->Tem Lacre na Paixão -- 24/11/2004 - 10:15 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todo ano é a mesma coisa,

mas, às vezes, um pouco diferente.



Alguém morreu, alguém nasceu.

Fica diferente, mas fica igual!



A gente fala no singular,

senão fica uma fila imensa

de mortos.



Sai de capela, entra em enterro,

vai pro hospital, vai pra missa,

sai de missa vai pro aniversário.



E tem um casamento,

e tem o médico, e tem

o ginecologista, a pedicure e o

cabeleiro,

tem a roupa e o sapato.



Tem uma viagem prá cá,

outra de volta prá lá!



Tem a empregada que está esperando

um filho.;

e todos olhas desconfiados

pra gente.

Família unida é assim!



Tem cinema, tem invenção,

tem mulher dos outros.



Tem fogos, filarmônica, tem domingo,

tem dia que não tem nada:

neste dia é que a gente faz

mais coisa, pois nossas

coisas estão embrulhadas

no caos!



Tem resumo de novela apra ler,

tem Caras pra comprar

e ler os editoriais de A FOLHA.



Tem que ir no açougue,

no supermercado, na vendinha,

tem que ir no bar,

tem que fumar.

Tem que beber.

Tem que namorar ou amar, ou

ficar de amores com a Lua!



Nisso tudo você está sujeito

a pegar milhares de doenças,

e dar alegria passageira ao

papa-defunto!



Tem a TV que só passa sequestro,

outra, novela,

outra, que só passa Jesus.



Mas, se a gente sobrevive,

todo ano é a mesma coisa.



Só a morte nos separa - dizia

o amante pra outro amante. Mas

separa sim.



Tem festa pra ir, tem hora

de ficar triste e de se alegrar.

Tem hora pra tudo que cabe num ano.



Tem hora de amar e desamar,

tem hora de plantar e colher.

Tem a hora da enxaqueca

e tem o vizinho com a solução.



Tem hora de falar de política

e tem hora de desprezá-la.

Pois já tem gente a roubá-la!



Tem hora de ver o Jornal Nacional.

Tem hora de ouvir rádio evangélica.



Tem hora de ir ao banco,

de pagar contar.E ficar

com menos dinheiro.



No ano, tem hora pra tudo.



E que os céus nos proteja,

se todo ano for assim:

fazer um aniversário

em um mês de doze,

que acaba tendo 30 ou 31 dias,

ou menos.

É dose pra leão!

(Aliás , tem que pagar o Leão)



E tem um montão de tributos

muncipais, estaduais e federais

que a gente paga e nunca sabe

pra onde vai o dinheiro!



Nesta história, o bom é ser fiscal,

pois é o único que sabe onde o dinheiro

é bem aplicado.



Tem casamento pra ir

de vestido novo,

ou de terno guardado.



Todo ano mais lenha nas costas,

mas idade,

obesidade,

celulite,

aspiração.

Morte.



Tem hora pra tudo

mas saco é carregar

todo ano a mesma coisa.

Só vendo o rosto envelhecer!



Algo só pode mudar se der a louca no Bush,

ou se Lula mudar de sexo.



Ai a gente chama FHC de novo,

pra acabar de bagunçar o Brasil.



Lá em Cachemira eles comemoram

o ano num cemitério novo.Morre mais

gente toda hora do que nasce.

É uma morte

a cada segundo!



Lá enterra,

aqui não pára de nascer!



Feliz estão lá na Transilvânia:

estão esperando a gente pra assar

no fogo brando!



É só deixar mais um ano passar

mais um ano e esperar.



Na casa da morte eles não tem folhinha:

nem de mulher nua!



A rua? Transilvânia 2003!





Aprendiz de Faisão



e aqui vinha eu

de plena

passagem,

guarda-chuva de pó,

com com medo

de aremedos

de chuva.



e vinha eu

de sobretudo

de homem

e galochas

de ateu.



vinha eu,

pacífico,

igual uma

pluma

solta no ar.



e aqui vinha eu

pleno de

alegria

de risos,

mas carregando

por dentro,

logo eu,

sincero

e nada ácido,

dúvidas

muito lentas.



sabia.



os deuses

foram

tomar

banho de sol

na praia

dos zeus!





pronto

estava

prá levar

um bota-fora

dela.



dito e feito.



não sou

jejuita,

mas acredito:

mulher de pronto

é fria de homem.



pois, enquanto

ele dorme tranquilo,

ela dorme

nada franzina

com outro homem.



outro homem!



que mais parece

uma crina

de tanto cabelo

escondendo

o fazedor

de fazendas.



por isso

elas gostam.



por ser assim:

sou

judas de hoje,

mulher perdida,

lá fica

lambendo

o fruto doce

e proibido

da dura

traição.



compreendo

minha afeição

que se brutalizou

em traição!



mas,

apreendi

com ferro,

sem berro:



e não sou faisão:

mas, agora,

coisa minha

tem que ter lacre

senão outro homem

vem e abre com

paixão !





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