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Poesias-->Feituras da Roça -- 23/11/2004 - 09:07 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
nisso errei.



ou em quase

tudo errei.



por pena

ou por ser

de bento,

por comiseração

dos eleitos,

fui colocado de

lado:

mas, um pisa daqui,

outro de lá!



dá dor

de dó,

e a gente

fica

igual

a pão-de-ló!



pisadas iguais,

esbarrando em

dores

coniventes,

iguais aos da terra,

alados!



fazer de dó

era prazer

dos homens

colados mais

ou menos

de pó.



são de cor de

abóbora lilás,

enfeite

de gravatas,

ganchos

sem simetria.



parentes não

eram!

suponho,

são errantes

errantes!



amém de dois!



quem já morou

lá na roça

de meu avó,

bem sabe

que animais,

são, de repente,

mais fiéis

do que

o mais rente

dos homens.



e o amor

desbelta

igual.

é diferente,

de casca grossa,

feito de amarras

de beijos,

alentandos por

cheiro de

jasmim

perfumado.



por isso primo

pelo augusto,

onde lá fora

junto à arbustos,

fazem o primeiro

amor sem desdém.



pena!

com mais carinho

só prá fazer

neném.



fui brusco,

passo da

hora,

atropelo homens,

ando em

charretes

de minha infância

de dois nomes,

um pai, a bela

mãe,

e os gafanhotos

que morrem

sem esperança.



aprendi a escrever

por dever,

desaprendi

lendo

os artistas

de pena, e

carrapichos

de

que nunca

ofendi.



me parto em dois,

por sofrer

na floresta

feita de arquivos,

morando com

esquilos,

chorando

fácil

por tudo

aquilo.



hoje se foram:

o início e o fim,

todos bem partiram.;

se é demais dizer,

um torto e afogado

no tonel da vida.



eu, esperto,

só rezei.

e de perto

esperei

ele levantar.



qual. mortos

não andam.



mas na minha

terra de ócio,

perto da rocinha,

mortos andam sim:

depois da meia-noite

das almas,

de pó se tornam

gente!



que agouro!

que aperto!



ter medo do

próximo que

se foi

prá terra

de não dizer,

só sei cantar,

prosa e verso,

e, de pouco,

aprendi a

chorar.



não lamente não,

amor de roça

é assim mesmo,

tem trilhas

e longas

sombras

prá você deitar,

e cálido amar.



amor feito

casinha

de joão-de-barro,

linda de morrer!



feitura cara

prá quem ama

bem devagar!

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