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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Morte Sem Ninho -- 23/11/2004 - 08:58 (José Ernesto Kappel) |
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se disser
não
caio no
sim.
se emdudecer,
apócrifo,
desabo
sem voz.
a vida
foi toda
assim.
uma hora da manhã badalava, ao triste
vento,
o relógio
de minha vida,
sem perguntas,
sem respostas:
apenas insensível
às minhas inglórias
batalhas perdidas
de véspera,
vestal às vitórias
comemoradas
sem festa.
assim sou eu:
um caminho
de entraves,
entre a vida
e a morte,
sem ninho. |
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