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Poesias-->Bela Vela -- 20/11/2004 - 10:04 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou letra, sem pai

João sem mãe,

entre a letra e o parafuso

me finjo de torto e

escrevo no velho

linotipo:

aguarda, senhor,

o livro se formar,

para escrever nele

uma linda poesia:

Maria, - senão Maria -

já sou ave do passado.

Abono dos Feridos - José Kappel - (3/7/2003 06:51:27)

Fui escrevendo:

o lá escorrendo com o dó,

o si brincando com o ré,

até dar uma canção

de amor. Não deu.



Fui escrevendo a poesia

até descobrir que o lá e dó

não se combinavam e o si

só sabia abonar o ré.



Assim, de letra em letra,

não conquistei a poesia,

assim, meio apaziguado,

resolvi voltar, com os simples,

para o meu cemitério de feridos.

Dedal de Ouro - José Kappel - (4/7/2003 05:21:04)

Escorro os dedos

nas maõs de cálido

dedal...



Pura lembrança:

sou gente grande

prá chorar!



Dedilha,vó,

dedilha no céu,

com linhas e fios

dourados.



Desenha meu nome,

na tenra lã,

mas não morre novamente

de pura solidão.



Par de Solidão - José Kappel - (5/7/2003 04:41:36)

De manso corro ao canto,

de custo probo,

de só,faço amigos de papel:

afinal - visitas do amanhã! -

o que me faz gritar aqui nesta

terra

que só me dá além?

Vem, Maria - José Kappel - (5/7/2003 06:12:45)

Para você, esmaece

o doce.

Trêmula, bobagem!



Somos romance de um

quarto barato.



Lá em baixo, asfalto,

aqui dor de separação.



Morremos juntos,

como o avés de

uma criança,

que nos desenha:



Eu,José, você Maria,

nos pinta de azul na

pracinha dos desparecidos.



Mais não faço.

Dor que vem,

dor que vai,

e nos acoberta

em suco de flores.



Somos os améns

da vida,

o terço da separação.



Vem,vem dançar,

na minha vida,

a valsa dos amantes.

Carteiro Sem Voz - José Kappel - (6/7/2003 05:07:45)

Mando um recado,

de amor ressaltado,

espero em vão,

o carteiro, o envelope

e o selo.

Ora cola, ora bolas!



É tal!Faz a esquina

que eu preparo o pecado.

Preparo as lembranças,

com licor de paisano.



Mas vem,manda dizer

pelo carteiro sem voz:

ela já vem,

vem vestida de cor azul,

para morar de palhoça

e,para sempre,

vivermos na safra

do roça-roça.



Bela Vela - José Kappel - (9/7/2003 05:40:07)

Bela vela,

bondosa, escorre

sua luz na face

da máscara imóvel.



Bela vela, frágil

ao sopro.



Sombra da morte

sem nome.



Me leva agora,

sem vez, pro colo

dela.

Mas não deixe a

bela vela escorrer

em meu corpo,

e me levar pro

escuro além -

lugar das rezadeiras.

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