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| Poesias-->Nada Compreendo -- 19/11/2004 - 14:45 (José Ernesto Kappel) |
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Queria entender...
queria entender as coisas,de manso,
queria entender o sol e o céu,
as estrelas e as flores.
Só queria entender
porque as coisas são assim,
e não são assim.
Questão de ponto-de-vista
você entende ou não.
Eu não:
queria saber o porquê:
das pessoas serem assim
e não ao contrário.
Coisa infantil,
brinquedo raro
de criança!
Queria entender porque
me foi feito assim
cheio de dobradiças
e entraves.
Queria entender, pelo menos,
uma mulher,
feia,bonita de boa-porta,
com frescura de
janelas sempre abertas,
para o outono
fazer ninho lá.
Mas, não compreendo!
Sou tal avesso,
de mesuras zero
mas lá vou vivendo!
Para entender,acho,
tenho
que ir em outra direção:
estou aqui azulado,
perto do fim do mundo
que só me causam perguntas
que ninguém responde.
Mas...
morrer,pode,não é?
Devagarinho...
Isso pode,
esse negócio de morrer
sem a gente saber!
Entender, não entendo,
Compreender, só piora.
Minha oração sem reza,
minha mulher em outro
mundo com outro pai.
Você pode entender...
Mas, eu, nem de agostos,
nada compreendo!
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