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Poesias-->Bordas Arenosas -- 16/11/2004 - 18:55 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou fruto do tempo, mas não tenho mensagem.

Sou horda do passado, mas não tenho histórias.



Correndo,

passo às bordas arenadas, sem

roçá-las,

e vesgo olheiros de musgos às margens de meu poço.



Se afundo, a altura é minha,

a cor é escura, e sou dono dela,

se desço, a distância me compõe,

entre o que há mais de vazio,

o que fala mais de solidão.



E, hoje, arrependido,

só peço perdão a quem não houve.



Mas,como advinhar que meu pai tinha razão.

Como advinhar que a vida dá voltas e,numa delas, ele desaparece feito

ave fugindo da noite?



Hoje,sozinho,meus pesadelos simples se convertem em angústias aameixadas

de dor.



E me pergunto, enquanto profundo:



Pai, porque não olhei à volta, quando me chamou de filho?





E, nesta manhã,

faço do espaço de flores

o meu mundo,

talvez sem razão!



Mas tenho fundos de certeza

que o corpo dela vive aqui,

em formoso linho,

à sombra da mais belo ramo,

tenho certeza.



Tenho também por avidez certeza,

que o corpo dela está atadado

ao meu,

em talos invisíveis e ramos

de bentoriais e carinho !



Se for sonho,acordei!

Se for a morte longe

dela fiquei!



Uma senhora perguntou,

ávida,chea de querência,velha,

onde estava o pouco do

que sobrou de minha vida:

igual a uma casa sem telhas.



Disse eu,pávido e inquieto:

minha vida se foi,devagar,

por entre os ramais das montanhas

travessou de brejos

e riachos de pedras,alagadas.



E se foi e lá ficou.



Sombras, restaram,

de ocasionais lembranças.;

se enlaça piedoso - quase louco.



Minha vida,

depois da sua,

fazem duas juntas.



Mas, agora ,que o tempo

abriu suas portas,

só temos a dizer:

até a próxima vida,

até a próxima chegada.



E se digam amém!



Nós vamos morrer

como pássaros feridos,

e, de maãos dadas ao

lado de beijos de enlace,

pois o resto,

só...só

na próxima vida!



Nunca sei ao certo se estou certo,

ou meio arredio de contas e erros.



Sei dela.

Pacífica, tenra,oscilante igual a

uma flor.



Sei dela.



Um dia pegou a malharia e o bonde,

e zarpou prá terra ee três colos.



E pelos mares de

lá,ficou!

ficou.



Até hoje.



Eu, de longe, sonho

com seus triviais beijos,

de mãos dadas apoiadas no

invisível,

do nosso amor eterno.



Só sonhar é possível!



Formamos o contrário de dois:

ela, no jaz formoso de um corpo

quente,

batido pela maresia.;

eu, torto, esquálido,

penso no dia...

no dia, que a vida fizer

de dois, o contrário

de um!



II





Quando atravessamos nossos limites

o que fica claro é a total diversidade

entre o caos que nasce e uma irremediada paz.Quem

faz o limite do homem é seu passado e seu

acúmulo de experiências espirituais. Quem

o faz por ultrapassar seus limites também é a formação de toda uma vida.

Assim, quando a barreira é transposta o

homem, fica indomável,arisco e impetuoso.

Na maioria das vezes é causa prática é a perda

irremediável de algo que amava.

Segundo os psiquiatras não há solução imedia-

ta para o problema, nem anfetaminas capaz

de incruxificá-lo.

Amigo, se você ultrapassou o limite da espiritua-

lidade, muito ligada a você, a única solução

é se voltar para dentro de si e procurar nos

caminhos mais temerosos, uma amena saída.

Porque retirar este espírito que jazea em

você é tão perigoso como quase impossível.

Se quer se recuperar da perda e voltar

a seus limites, faça de seu espírito, uma

angústia - imperdoável -, mas, lembre-se da

primeira lei da natureza amorfa. O que lhe é tirado de forma abrupta é imediatamente

reposto pela própria natureza. Talvez esta reposição esteja ao

seu

lado e sua impetuosidade não deixe você nem ver

nem sentir. Experimente apalpar seu espírito

e, talvez, encontre a resposta para o abismo

em que você se encontra, para o limite que

Deus o fez ultrapassar. Todos os dias filhos são perdidos

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