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Poesias-->alumínio -- 16/11/2004 - 01:53 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olhava a figura da moça



pintada no quadro



Ela estava de perfil,



olhar distante, perdido



no horizonte aberto



Os cabelos da moça



possuíam a cor dos meus



Éramos tão parecidas :



A mesma linha



do queixo, do malar ,do nariz



Eu, então, evitei



mexer-me. Virei pedra,



para que o pintor me concluísse



Intimamente, rezava,



para que a moça que olhava



a outra moça que olhava,



nenhuma delas



fosse triste como eu era



A dor vista



amplia



revela as entranhas



como uma pedra



coberta por alumínio



atingida por um raio, arde!







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