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Poesias-->hélices -- 16/11/2004 - 01:40 (maria da graça ferraz) |
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Sempre me perguntavam
porque eu gostava
de ir ao Horto Florestal
Por que? Por que?
Ora, porque na cidade,
tudo era concreto, imóvel, irredutível
e o resto era perigo aberto,
daí eu ia ao Horto
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Não eram pelas flores,
que eu ia
Não eram pelas árvores,
que eu ia
Eram pelos espaços
vazios entre elas
E o que me importavam
estes espaços
parecerem estreitos
à medição do olho
desatento?
Para mim eram tão
vastos e tão profundos,
como o olhar de quem
a gente ama, o mar,
um mundo,
o teto das Igrejas
E coração pulsante,
decorada com margaridas
nas mãos e sobre a cabeça,
eu corria, como os traços
balouçantes
de um aeroplano, cheio
de hélices, num desenho
alegre de criança
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