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| Poesias-->Santuário (III) -- 14/11/2004 - 15:31 (José Ernesto Kappel) |
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Ouvindo você toda vez,
toda hora, assim de espírito
aberto,
vejo sua vida,
aberta no santuário do coração.
Sei que lá nasce o sol
e cantarolam pássaros,
florescem arbustos
coloridos,
e bandeiras de paz
tremulam ao vento.
Sei que lá é sua morada.
Sei que arde em seu corpo
o ardor pela vida.
Quando vejo os caldenses da nova era,
misturados a nova ordem
de angústia e caos,
de desesperanças e solidão,
me confundo entre o claro
o escuro dos dois lados da vida.
Então,penso,justo em você,
pois sei que sua estadia
é no santuário do coração,
e imagem sua nem espelho faz.
Sei que estou junto a você
mesmo se a distância de
mil jardas nos surprenda.;
mas procuro sua imagem
que floresce nos campos
que me fenecem de ternuras
de antigas cantigas
de ninar.
Sei que estou perto da verdade,
quando mais longe estou dela,
porque sua luz dorme
em meu pranto,
e me guarda de esperanças,
me tira a sensação de pó
quando chego no seu santuário
do coração.
Lá não há partidas,
e outroras.
Há risos
de crianças,
albergue dos vivos,
fortaleza de amores.
Lá, viver é um dom,
um acontecimento,
um renascimento:
um afogueio de esplendor
e de vida.
No pórtico do santuário do coração
o milagre se faz todos os dias.
O justo milagre de renascer
sem morrer,
de jurar sem pecar,
de ouvir sem falar.
Lá, você vive em mim,
e já não é minha dúvida:
é minha luz
é meu santuário do coração. |
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