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| Poesias-->Parte do Nada -- 14/11/2004 - 12:09 (José Ernesto Kappel) |
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Pai, Senhor!
Por onde andam eles?
Os filhos de sempre,
que foram meu cativeiro
pela vida afora,
e agora sumiram
na paisagem do tempo!
Pai!Sumiu,igual feitiço
indolor em meu peito.
Pai! Faz de mim a volta,
sem contornos, e me arruma
sua visão na roda do
altar da vida, pois homem
já sou feito.
Mas a você, não encontro!
E,por mágica de Zeus,
dos apócrifos e desvairados,
me perdi na sombreira
de qualquer porta,
que só leva ao pranto
de saudades.
Pois se sou homem feito
tenho canto de brandura,
tenho bandeira de guerra
e armas de confeitos!
Mas só quero entender,
como não compreender,
não faz mal,
porque todos partiram?
E me inundaram de todo
vazio, de todo sem ninguém,
parte de qualquer coisa
parte do nada!
Pois, Zeus!
Redobra,vigilante!
Amor prá sempre são seus
e
ninguém dá, ninguém fica,
pros abraços meus! |
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