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| Poesias-->Segundo Rei -- 14/11/2004 - 11:27 (José Ernesto Kappel) |
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Romance à parte, e perdido,
sempre fui o segundo.;
quando eu entrava
ele lá estava de saída.
Que fazer se tudo é moderno:
as folhas, os pingentes,as gruas,
os passadiços de dor,
as fagulhas que deviam ser eternas!
Até o amor se modernizou!
Assim, não sabia ele,
mas sabia ela,
e, eu no meio,
voava entre as percas.
Era uma história sábia
de dois homens e uma mulher.
Nesta história de valentes
sem espadas,
entro eu de segundo
apesar de não ter lábia.
Mas, um dia, a bela donzela,
encapuzada de farto prazer,
por um motivo ou por outro, só dela,
abriu a porta de ranger.
E disse, como segurase a bandeira
da paz - e como se a paz
tivesse bandeira -.
E disse:por um motivo ou por outro,se
rala com outra, pois estou de saída.;
sobra você, por ser o segundo,
tem pouco de rei,
e não me procure mais na minha soleira.
Fui eu de guardo e pronto,
prá rua de ninguém.
com o coração batido e tonto
fiquei prá vida, sozinho,
e pro poeta virei tema de
rara valia. |
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