Usina de Letras
Usina de Letras
34 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63698 )
Cartas ( 21374)
Contos (13318)
Cordel (10371)
Crônicas (22595)
Discursos (3253)
Ensaios - (10821)
Erótico (13604)
Frases (52149)
Humor (20225)
Infantil (5679)
Infanto Juvenil (5038)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141140)
Redação (3385)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1981)
Textos Religiosos/Sermões (6424)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Velas de Consumo -- 12/11/2004 - 09:09 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho paredes,

e salas

tenho portas

e janelas.

Mas não tenho casa.



Tenho a mim - e já basta -

mas sinto me perder,

na imensidão que me

descobri:um campo aberto

de flores silvestres,

uma paisagem de cor,

uma montanha

e um sol.



Me sinto a perder,

o sentimento se esvai,

escorre como água

de chuva.

Pouco a pouco vai sumindo

e vou junto.



Junto para os pares

da vida:

aqueles que juntam pedras

e nunca constóem nada.



Fui um deles.

Obreiro do nada.

Cheio de encantos

e guerreiro de duas pontas.



Hoje sou corrente passada,

água feita para escorrer,

riacho que não tem fim,

rio sem saída.



Tenho um par de botas,

um clarim,

um jaz inacabado,

e uma mulher,

que se leva milhas

prá chegar até ela!



É tão distante

como daqui ao infinito.

Mas o infinito não tem portas,

só sobras!





Mas que culpa tenho

se há amores

e poucos amores

e amores nenhum?



Foi em amores nenhum

que tentei construir minha casa.



Bem frágil!

Igual a bambu quebradiço,

igual a colmo rosado de perdas!



Leve escumadeira,

espátula para cimento,

para levar o barro
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui