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| Poesias-->Três Saídas -- 12/11/2004 - 09:07 (José Ernesto Kappel) |
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Vim andando pela calçada,
com esquina enviezada e
com
de três saídas.
No alto, soberbo,
andares de três
pontas, e um patamar
enluarado.
Bulicei e acariciei um sonho,
que , na história,
tem vestido de mulher,
mexidos trejeitos,
rendas e outros azulões
bem próprios para
a época:
fresca e dolorosa.
E parei
no contra-tempo
de mim mesmo.
Não havia saídas
nem érgulas escadas.
Estava preso dentro
de um sonho-vivo,
onde as pontas -
do início ao fim -
se chocam em agonia
e tenaz solidão.
Era um sonho de 1800
quando havia ainda
bondes
e impiedosas galochas,
e fotogênicos bonés
de crianças.;
vivia um sonho do
tamnho dos tempos,
de imensidão e de dor.
Estava vivo para
nascer.
Estava pronto para
chegar.
E naquela época
nascia-se em
qualquer lugar,
até dentro de um
sonho belo.
E meu lugar escolhido
foi a relva da madrugada,
foi um colo sem mãe
e, um pai embrião,
de duas vidas
e vinte copos.
Foi assim que cheguei.
E partir?
Fugi de mim mesmo,
e não acho mais saídas,
só, somente,
o caminho da eternidade.
Mas isso amendronta muito,
amendronta muito! |
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