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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Dívida de Reis -- 12/11/2004 - 09:00 (José Ernesto Kappel) |
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Surpresa é vinho na mesa,
é cálice sombreado de anil,
é mesa posta.
Surpresa é saber
que existe alguém
longe de mim,
que caleja as palavras
como quem redemoinha rosas.
Surpresa é dia de festa,
Mas,no disse-me-disse,
correm boatos de amor,
de boca em boca,
pelas àspides nada
carinhosas do meu povo.
Tenho surpresas todos os dias
até as mais agradáveis:
ganhei um bolo amendoado
no meu dia de festa.;
ganhei um ábum do passado,
onde em algum tempo,
- tempo que não me recordo -
tenho certeza que tive lá.
Surpresa é dia de chegada:
e ela vem rosada,
roubando belezas,
e dizendo palavras
amenas com diabruras
sensuais.
E como são roscas
e impávidas.
Cheias de colossos!
Logo,logo me entorto
de alegria:
vou agora a próxima estação
esperar por ela.
E dizer, de boca afeita:
quanto tempo, quanto tempo
você levou para chegar
próximo ao meu coração?
Que os reis se afastem!
Que as bruxas se dissolvam!
Esta é minha mulher
e, ninguém,
espero,
há de mim tirar,
mesmo que os céus resolvam ! |
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