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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Os Dias e as Portas -- 12/11/2004 - 08:54 (José Ernesto Kappel) |
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Lânguida vida
que de lembranças
só atrai dos mortos.;
suspeita ação dos deuses,
que me revivem cada
face que perdi.
Foi ao longo do tempo
sem medidas e sem horas,
que eles foram partindo,
como trens fantasmas
de uma estação perdida.
Hoje, se tenho que percorrer,
vou sozinho.
O próximo dia será o meu?
Me assanha a solidão,
os vazios pérgulos que
gotejam ao léu,
sem nenhuma lembrança.
Ave, desesperança!
Me acotiam as faces que,
de repente,se esvaziaram
como pêndulos sem ponteiros.
Sou um bravo e esquecido
na multidão escorregadia!
Se foram, partiram,
não disseram adeus,
foi quando a vida flertou
com a morte.
São meus dias,
são minhas noites.
Me equilibro neles
como aves de pêndulo,
como feira de
argamassa e breu.
Só, estou a venda!
Se estou às portas
que a batam.
Créspulo diáconos
da solidão!
E digam: lá se foi
mais um
para o parque
dos sem-nadas ! |
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