|
| LEGENDAS |
| (
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
| (
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
| Poesias-->Vinho de Arruela -- 11/11/2004 - 11:40 (José Ernesto Kappel) |
|
|
| |
Doce vinho
que arruela
a solidão.;
pavia a dor
insensibiliza
o andar.
Vira a vida torto,
num copo.
Deixa prá lá os medos do corpo.
Nem sempre foi assim,
nem sempre foi
pôr-do-sol.
Teve um dia de várias
vidas: abraços e beijos -
as mesuras de minha vida !
Teve um dia que teve
até família.
Tudo junto, até que
se enturvassem,
e a vida os levassem,
para o porto dos desavisados !
Porto dos incompreendidos,
jogo de duas pás:
uma para cavar
outra para tapar.
E assim a vida
se levou,
como a aragem
de vento primaveril.
Hoje em Trípoli ou
Gasgorra, o gosto do
vinho é quase o mesmo.
Mas a vida...
a vida, o tempo já levou.
Hoje, chorar não adianta
lá na frente tem gente
mais forte !
Gasta você em seu medo,
e se esconde dentro do passado,
pois tudo acontece no de repente.
E, no de repente, você chora !
Quando você procura
vai ver que todos
estão lá nas alturas,
e você - diablo das Ilhas -
se vê dentro da caixa do medo
perdido e marcando horas
sem parentes e sem dor
dos filhos! |
|