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| Poesias-->Disso, Não Faço -- 11/11/2004 - 11:26 (José Ernesto Kappel) |
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Sei de tudo que
não quero saber:
sei do bater das horas,
do rejubilo das flores,
com a manhã e o sol,
e sei de tudo:
a hora que o sol de põe
e suspende meu agasalho.
Não sou sábio,
fui feito de
pouca escola,
mais uma coisa
aprendi
desde pequeno:
sem alguém
a te esperar
você é fumaça perdida,
trem sem hora,
gude sem criança.
Mas sei também
que a vida é feita de curvas:
ora uma sobe,ora outra desce.
Se você está pronto cair
não há corda que te prenda,
que já escorregou,
é queda fatal
sem cena.
O vazio é seu dono!
E nesta história
quem fica sou eu.
Fico a espera dela,
igual a um cocheiro
vestidos de aspas
de falso ouro.
Se já fui,
peço uma única vez:
deixa eu voltar
prá suas roupas,
pro seu cheiro,
pra sua carne de véspera,
pro seu amor,
prá suas estrelas
que estão fincadas
em meu corpo.
E partir prá quê?
Se já nem sei
que parte de mim
foi a mais ferida !
Mas, calar, não me calo.
Pois sou esquina da vida,
ponto de espera,
avenidas pomposas,
ruas vazias,
com gente só partindo
e você nunca voltando !
Mas calar,
disso, não faço! |
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