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| Poesias-->Abóboda do Tempo -- 11/11/2004 - 11:02 (José Ernesto Kappel) |
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Um ponto nobre, um coração
ávido de sobremaneiros, de
circunstâncias e aparatos de
reis e rainhas.
Pode ser você.
Um ponto nobre se faz
com castelos imaginários,
sonhos de rainhas
e percas de guerreiros.
Pode ser sua densa e angustiante
procura.
Um ponto nobre se faz com
luzes que irradiam do próximo,
da ternura de crianças,
do afagar de um abraço,
de um roçar de mãos.
Um ponto nobre é a união
do desejo e da perca,
do encontro e da falta,
do mesmo, e do contrário.
Um ponto nobre pode
ser você,
de soslaio e triste,
embrutecida pelo vazio,
desesperada por achar
coisas que comentam de amor.
Pode ser você que caminha
ao vento,
derrubada de esperanças,
lábios secos,
mais iguais a cálices dourados
que sorvem o fruto
do amor.
O ponto nobre
é achar, entre mil
fogos, um deles,
que açoite seu coração.;
sem que perceba que foi
atingida
pelos nobres e colegiados
dono de seu amor.
E, amor, só existe um.
Se não achou, espera
o vento mais brando chegar.;
se já o tem, guarde-o numa
caixa de pérolas e dengos,
pois sua vida começa ai:
próximo a abóboda
do céu. |
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