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Poesias-->Faz de Conta -- 11/11/2004 - 10:38 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Faz de conta que é céu,

faz de contas que é purpurina.;

relaxa seus sonhos dengosos

nos ramos que principiam a

nossa

primavera.



Faz de conta que é verdade,

que mentiras só fazem larguras,

que a medida das coisas

é um copo simples, cheio

de água e vinho.



Faz de conta que tudo

é parte de uma coisa só.;

que a solidão só ficou mais densa

e descabida.



E faz um guarda-roupa bem

americano.

E evite cidades

mexicanas!



Faz de conta que ontem

não passou.;

que a noite entrou pelo

dia.;

faz chacota de criança

sem berço,

e mergulha no corpo,

o milagre de

nossas vidas.



Faz de conta que é o cedro.



Faz de conta,faz meio-termo

mas não faz desfeita

nem levanta muros perfeitos!



Faz de conta que é o cedro!



Mas, agora, que se foi,

deste trem, ninguém parte,

mesmo que fumaça faça,

mas ninguém sai.



A luz das almas

de dois berços.;

só sai com reza

e com o sal da terra.



Se não acredita

dou uma pista:

sou oferecimento

coisa dada e

roupa de varal curto.



Sou de cedro apaziguado!



Se não acredita,

grita por minha mulher

e vai descobrir

que ela mora

bem perto da abóboda do céu.



Que tudo foi passageiro.

Bem de repente.

Igual a um cedro.

Argila quase profana, mas

agora benfeitoria dos anjos!



Só, foi pro céu,

e deixou âncoras de amor

nos comodatos

e desesperos de minha

saudade!



II





Ah! Se me contassem, antes,

como seria travessa essa vida,

talvez por piedade,

ou angústia de porta,

me prouvesse de tal encanto,

de saber como viver

mas de não saber morrer.



Turbulento, insidioso,avesso,

buliçoso, traquina e treloso,

lugar que brotam meus

espinhos e são

astuciosos, redado à malicia,

igual a um dia manhoso.



Repouso, tenho o bastante mas,

não tenho reservas,

nem falsos paraísos,

nem perdulária esperança,

de encontrar novamente

o início de tudo,

o embrião de lembranças.



Não tenho sinais de alertas,

não tenho navios de proa.



Sou jactância dos medrados!

nem meus capitães de bombordo

ainda existem, pois perderam o acordo,

que trás à vida e a arrenda à morte.



E por isso, minha vida é um sermão

interior e sem horas, mas é,

deixei de fazer o que queria

prá viver a vida de ninguém.



Vivi neste sonho durante anos,

sem pestanejar, sem meditar,

estava caindo no buraco mais fundo,

estava me debruçando no penhasco mais

temeroso!



Hoje, sozinho, nem sei mais dela.

Sei que vive do outro lado de

meu mundo.;

sei que não é mulher de lembranças

e por isso, relaxa no abraço.



Hoje, sozinho, me arrependo

do que não fiz

e, mais, do que fiz:

fui broca passageira de furar

o largor do tempo,

nem sempre de afagos

da vida que nos dá,

e depois nos toma.



Falar dela?

Perca de tempo!

Viajou bela,

lá pro fim das lembranças,

onda moram os desalentos !



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