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| Poesias-->Pedra e Solidão -- 08/11/2004 - 09:41 (José Ernesto Kappel) |
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As pedras tem coisas
entravadas prá decifrar.
Não que eu tenha medo
delas.
Pois são apenas pedras.
E delas muita gente
se arreda!
Vivi muito tempo
parecido como pedra.
Não sei se angular
ou se fragmentada mas
nelas me perdi.
Minha pedra é afeiçoada
mais não é lápide sepucral.
A pedra vive em mim, como
um eterno engano da natureza.
Sei que sou aleatório.
Mas chegar ao ponto
de ser pedra,brita ou de arenito ,
é outra coisa.
Tenho força, igual Cabral,
pronto pra descobrir
o fundamental.
Mas se na rua me chamam
"lá vai a pedra"!
É coisa de se perder!
Não sou caneco de chope ,
nem água de beber, mas
de pedra, estamos
assim , ela lá e eu aqui.
Diamante? sou de pouca valia,
não tenho retângulos ou brilho
mágico.
As solenidade nunca fui.
Nem sou,
argamassa prá construção
que já é coisa comum.
Mas, dá um tempo.
não sou gema de adorar,
e quisera ser neolítico.
Mas não sou, sou de pedra
trabalhada,
artificial, mas sou.
Insonsa, não sei.
E ai eu pergunto,
tem na platéia quem me aguarda,
alguém disposto a amar uma pedra?
E tem mais uma:
essa pedra é de alma,
e de corrupta tem pouco,
não erra:
é solidão pura! |
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