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Poesias-->Sinto Por Tudo -- 08/11/2004 - 08:40 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou pago isso, sou pago prá aquilo,

não sou vendedor,

nem comprador.;

mas me usam para comprar

tudo aquilo que reluz

e de impávido vira

grandioso.Mas tudo de grande azar!



Não sou homem de negócios,

nem permeio espíritos solitários e mancos,

nem me convém, como probo homem

sair vendendo e comprando por ai

como uma mata virgem,

cheia de flores, mas intocáveis,

por serem frágeis - e até românticas!Incrível!



E me pagam por isso,

me pagam por aquilo:

sou lavador de carros,

arbusto sem memória,

carregador de bolsas de ventre.;

obreiro de obras estancadas,

um homem puro e sincero,

mas varrido prá sempre da face da

dela,

por nada possuir,

apenas que se sabe vender e comprar

a bem saber, até uma aquarelas!

Mas que sempre erra!



Vou à feira,

faço doces,

limpo as cumieiras

lembro do tempo de garoto

que apenas chutava bola

e ninguém me chamava assim.;

me diziam ser ser alguém bom, mas que pelo mundo rola!



Hoje sou puro e gasto,

falido e comiserado,

parco e angustiado

com a vida,

mas não sou miserável!



Afinal não sei prá onde me levam.



Mas para qualquer lugar não quero ir.;

quero ficar

entre meus doces e anseios,

minhas panacéis de vinténs,

minha loucura já declarada

e

assinada

pelo doutor assistente

junto com o docente reinitente!



Por isso me fazem de

vendendor e comprador

com todo esse ardor!



Hoje, sinto por tudo.

Mas se já está escrito, escrito está.

Compro daqui, vendo de lá,

prá todos os senhores

enfastiados de suas senhoras e madames

que procuram o ouro do lado de meu mundo!



Mas logo no meu!



Cheio de carinho prá dar.

Mas louco fiquei

de tanto amar

e me perder, como anchovas

num mar de dor,

e cheios de reis

num mar doce de pavor

num doce pavor de medo!

Mas, puxa, que vida azeda!
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