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 Diga agora, meu bem.  
 
 De onde veio, aonde vai?  
 
 Do Oriente para um acidente?  
 
 Doce gueixa na medida  
 
 Da nossa cabeça atrevida.  
 
 Benzinho com B de beleza,  
 
 Nem tudo porei à mesa.  
 
 Você, meu prazer maior,  
 
 Da loucura o melhor,  
 
 Mulher certa, manias erradas.  
 
 Com que deveres entrou?  
 
 Com que direito saiu?  
 
 Com quantos "Bês" me embalou?  
 
 E como o copo entornou?  
 
 Como nos amarramos assim?  
 
 Se brinquedo era,  
 
 Não soubemos brincar.  
 
 Se sério foi,  
 
 Deixamos machucar.  
 
 E agora, benzinho?  
 
 Com quem dividir a pizza?  
 
 Quem me servirá a malícia?  
 
 Num silêncio infinito  
 
 Vou abafar seu grito.  
 
 E com o peito apertado  
 
 Nesta casa vazia,  
 
 Recolher fios de cabelo  
 
 Para tecer lembranças  
 
 E pentear poucas esperanças.  
 
 Tudo bem, tudo mal.  
 
 Mais um sábado sozinho,  
 
 Sem os "bês" de meu benzinho. 
 
   
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