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| Poesias-->Deixa Pra Lá -- 03/11/2004 - 08:54 (José Ernesto Kappel) |
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deixa pra lá,
tá bom assim:
eu, sem piedade,
vago o russo,
e você quieta
bondade,
passeia entre
os sós da
santidade.
deixa pra lá,
tá bom assim.
eu já não
sou mais
eu.;
você é
apenas
dissidente
dos rudes
pirineus.
deixa prá lá.
me aquieto assim,
fugo prá dentro
da solidão,
e rezo-bento
por uma paz
ferrenha.
deixa pra lá.
tá bom assim.
você já foi mulher
de amparo,
costas de suave
encosto,
hoje é medra
que nasce nos
rusgos
das montanhas
aladas.
deixa pra lá.
eu aqui,
você lá,
é tudo a
mesma coisa.
ferida de dois,
dói mais
na carne,
faz choro
passageiro,
arde
catanha
e até faz coro
aos passionais
faceiros.
doi e arde,
fere e lateja!
ningém liga,
ninguém fala,
só os anjos,
dizem
baixinho:
mas que casal
dos infernos !
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