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Poesias-->inventando -- 03/10/2004 - 01:26 (maria da graça ferraz) |
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Inventando beleza
mdagraça ferraz
Porque onde o corpo tombou,
na rua, à bala, vítima
do desamor, olhos para cima,
nasceu a pequena flor amarela
Aviso-vos: Não colheis essa flor!
Porque essa flor conhece o sangue,
o último suspiro, o sustenido,
guarda muitas lembranças
Talvez, à noite, essa flor chore.;
talvez até fale escondido o nome
da pessoa amada. Quem sabe,
essa flor ensaie, tímida, uma canção
lúgubre, que sacuda os ventos
e estremeça um coração indiferente
do outro lado da cidade
Porque o corpo tombou,
na rua, pálido, frio, duro,
a pedra tocou-o com doçura
E nasceu a flor amarela
num país safado, sem brilho,
para preencher o vazio
de mais uma vida interrompida
São tantas coisas pequenas
no caminho escuro dos homens:
Essa flor amarela- mísera e bela!
E a beleza inventada deste poema
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