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| Poesias-->sexto andar -- 03/10/2004 - 00:36 (maria da graça ferraz) |
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Sexto andar
mdagraça ferraz
Nesta janela , do sexto andar,
entre os corredores espremidos,
feito de lajes altas dos edifícios,
onde o sol louro, melancólico,
esmaga os pés, no eterno suplício
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Nestas paisagens labirínticas
em que o olhar do poeta arrasta-se
e, por amor, por amor, às coisas
frágeis, desimportantes, mata-se
Nesta janela do sexto andar,
de onde lágrimas tristes atiram-se,
mas antes de atingirem o chão, evaporam-se
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O chão do térreo recusa o amor
O chão pétreo ignora-o
Mas há sempre a mão aberta,
o torso nu, de uma criança,
que sem saber, aceita o que é leve
É do poder enorme
das pequenas lágrimas do poeta,
que o sol nasce, a terra move-se
É pelo amor -verdadeiro e puro amor,
que a bolsa das águas rompe-se,
explodem os casulos,
e a vida....ainda que dolorosa...continua!
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