94 usuários online |
| |
|
Poesias-->Simplesmente versos -- 28/09/2004 - 09:35 (Ernane Calado de Souza Melo) |
|
|
| |
Não sei bem ao certo
Se o que existe de concreto
É o que restou do abstrato
Ou se é o substrato
Do simbolismo do teu gesto
De aprovação ou de protesto
Não sei se estás com a razão
Quando ages pela emoção
Deixa baixar a poeira
Isto não é brincadeira
Melhor não se precipitar
Põe a cabeça no lugar
Pára pensa raciocina
Não ajas como menina
É preciso compreender
Está na hora de saber
A beleza dos meus versos
Está na linha do controverso
Que suscita indagação
Consultando o coração
E os anseios da mente
Que por estar descontente
Em busca de outras fontes
Ainda existem aos montes
Para preencher o vazio
Das longas horas a fio
Para saber se o que é certo
É o que existe de concreto
Ou o que restou do abstrato
E se houver o substrato
De teu gesto de ternura
Esta será a minha cura
Para toda a insanidade
Revelando a verdade
Nos versos da poesia
Não sou eu quem avalia
Quando devo enfim parar
De escrever e de expressar
Toda essa cantilena
Achar que valeu a pena
Com algumas frases brincar
Para poder extravasar
Palavras contidas no peito
Saindo de qualquer jeito
Sem saber como terminar... |
|