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 | Poesias-->ASAS E CORES DE BORBOLETA -- 11/09/2004 - 23:29 (João Ferreira)  | 
	
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ASAS E CORES DE BORBOLETA
  Jan Muá
  11 de setembro de 2004
 
 
 
 
  Sonha  mas não vislumbra...
  É muito terráquea
  Muito medida e acomodada...
  Seus raids de fantasia
  Ficam aquém do mistério de seu ser...
  As fibras de sua individualidade não vibram
  Senão quando aquecidas pela glória
  Do consumo e do interesse...
  Ela não é sacudida pelo faro das fronteiras
  De mundos inexplorados...
  Falta-lhe profundidade
  E vibração metafísica pelo hemisfério do ser
  Que sobra da percepção comum...
  Sua movimentação é fenomênica e transitória
  Não parece ter asas nem cores de borboleta
  E mostra uma certa impotência 
  De navegação pelas várias faces 
  Do poliedro existencial 
  Próprio de seleta raça de humanos 
  Em trânsito pelas ruas da vida... 
  Tem dificuldade em sair do chão
  E falta-lhe pespicácia para sonhar 
  Mundos impossíveis e desafiadores
  De chão para chão...
  Carece de faro ontológico
  Para armar uma tenda onde se aninhem seres
  Com rosto de etês
  Ou de algo que simule a presença de outros Mundos planetários ou de outras galáxias
  De outras percepções
  E de outras latitudes...
  Em seu misterioso ser
  Não há um olhar especial
  Nem nenhum sinal de profundidade
  De expectativa e de misterioso apetite...
  É um ser materializado e empolgado apenas
  Pelo estrondo das modas convencionais...
  Isso a coloca perdida no meio do areal humano
  Tão frágil e tão insignificante
  Quando pensamos
  Na referência brilhante
  De uma simples pepita de ouro fulgente nas entranhas dos garimpos preciosos 
  Da Terra...
 
 
 
 
  Jan Muá
  11 de setembro de 2004
 
 
 
 
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