Usina de Letras
Usina de Letras
86 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62340 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22543)

Discursos (3239)

Ensaios - (10410)

Erótico (13576)

Frases (50723)

Humor (20055)

Infantil (5475)

Infanto Juvenil (4794)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140849)

Redação (3314)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6222)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Múltiplos amores -- 31/08/2004 - 19:42 (Rodolfo Araújo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acordá-la de manhã

Quando o atrevimento ainda dorme

Tirar seus olhos do repouso

Sentir a boca ainda morna

Da noite que passou

Do amor que se formou

Em paz



Deixar as cortinas flutuarem

Separando as pontas lentamente

Luz, era tão ausente

Mas apareceu invencível

Na alvorada incrível

No florescer em torpor

No parto silencioso desse amor



Esquecer-se dos prédios ao lado

Atacar as leis como se a caminho

Estivesse o astro derradeiro

Deixar de lado as roupas

Abandonar os poréns

Sucumbir contigo, minha mulher

Nos roseirais de vinho

Que plantamos outrora

Na noite passada

Nos lençóis marcados

Pela silhueta da amplidão



Pairar as pupilas sobre meus dedos

Medindo seus relevos

Caminhando sobre as águas

Que faz correr por ti

Levando a vida para onde caminha

Pintando em verdes e azuis

As trilhas que desenha



Ajoelhar diante de seu canto

Ouvir o delírio das notas

Perder-me no impalpável destino

Gélido, cortante, castigo

Cruel e, por isso, divino



Dedilhar os cílios

Que tão belos olhos emolduram

Declarar o puro amor

Que ebule, borbulha, declama

Cantar serenatas solitárias

À espera, sob a varanda

Aguardando a mão estendida

Aquele que chama

Proclama aos ventos

Que espalhem

E semeiem

Colham, depois

Os filhos

Os sonhos

Os desvarios

Os hiatos

Os semblantes

As músicas compostas

As lágrimas volumosas

E os sorrisos largos

Da felicidade plúmbea

Da tristeza iluminada



Adormecer em seus ombros

Confidente, confessor

Acordar repentino

Afogado na noite

Mergulhado em seus lábios

Sentir a textura

Esvaindo a agrura

Expurgando o percalço

Vão-se as dores

Multiplicam-se, como pão

Como sangue

Os amores

Em mim

Que nunca morrem

Que se duplicam

Freneticamente

Diariamente

Case-se, pois,

Na brevidade fremente

Num agora latente

Posto que os suspiros

Jamais mentem.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui