Gostaria que houvesse uma fórmula mágica que me dissesse o que verdadeiramente devemos fazer para atingir a verdadeira felicidade.;
Gostaria de saber qual dentre nós, meros mortais, está completamente gabaritado em termos de vivência, conhecimento e perfeição para que possa me dizer o que é certo e o que é errado e, desta forma, possa me julgar.; e que diante deste julgamento eu possa realmente me sentir envergonhado e vergastado pelo peso da autoridade que emitiu referido julgamento.
Gostaria que alguém me dissesse qual a verdadeira religião, que revele verdadeiramente quem é Deus, em toda sua completude, profundidade e intensidade.;
Gostaria que Gandhi viesse ter comigo, e que, do cume de uma montanha pudesse me dar as mais valiosas lições espirituais que um ser humano possa realmente aprender.;
Gostaria de ter sentado com Buda no cimo do monte Tibet e que ele pudesse ter me revelado a verdadeira face da existencialidade humana.;
Gostaria que Madre Tereza de Calcutá olhasse dentro de meus olhos, com toda sua pureza, doçura e humanidade e me dissesse: Saiba você que, no final das contas é tudo entre você e Deus, nunca foi entre você e as outras pessoas”.
Gostaria que Francisco Cândido Xavier fizesse a mais intensa e verdadeira explanação diante de mim, argumentando sobre ser nossa consciência nossa única e verdadeira julgadora.;
Gostaria de ter seguido Cristo quando veio a Terra, e ao dizer: Mestre! seu semblante de luz se voltasse para mim e, gentilmente me dissesse: “Pois não meu filho.”
Gostaria que mesmo relativamente, mesmo que ao longe, ter assistido a uma aula de Einstein em Princeton e ter vislumbrado toda sua humanidade, gentileza, sapiência e brilho.;
Gostaria de ter vivido junto a grandes e verdadeiros mestres da vida, que com seu exemplo conseguiram mudar o mundo.;
Mas aí me pego a pensar e sei que se tudo fosse como eu gostaria, a palavra experiência perderia significado, pois tudo viria de forma muito fácil, sem qualquer obstáculo ou adversidade e aí então, talvez eu me tornasse um historiador da sabedoria dos grandes mestres, mas jamais um sábio.
