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Poesias-->Permissividade -- 24/08/2004 - 23:36 (Priscila de Loureiro Coelho) |
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Há sempre algo sutil e delicado
Na forma em que nos pomos a sonhar
Como se todo o universo fosse inacabado
E pudéssemos, tranqüilamente, o terminar
Nada se apresenta mais belo
Que o convite para usar a imaginação
Descomplicado e de modo singelo
Para deixar bem à vontade o coração
Aceitando de pronto tal provocação
Experimenta-se aos poucos a arte do sentir
E sem que haja qualquer razão
Há uma fenda misteriosa por se abrir
Percorrer os caminhos da curiosidade
Utilizando sem parcimônia a ilusão
É acolher sem pudor a novidade
É deixar-se guiar pela emoção
E então estando assim acomodada
A alma sorridente deixa-se levar
Sentindo-se cada vez mais entusiasmada
No espaço que começa a explorar...
Assim, no ritmo da eternidade
Perambula acompanhando o pensamento
Segue apenas o rastro da luminosidade
Que brota nos confins do tempo
Permite-se arabescos harmoniosos
Num bailado intrigante e original
O céu é palco onde passos graciosos
Realizam coreografia atemporal
Entoa em arranjo apropriado
O toque de estranha melodia
Colocando o cosmos sintonizado
No compasso da mais bela sinfonia
No derradeiro instante há estranha saciedade
Como se um abraço carinhoso e acolhedor
Provocasse a mais intensa liberdade
No jogo secular que encena o amor
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas
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