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Poesias-->LOUCURA 15 -- 21/08/2004 - 02:09 (maria da graça ferraz) |
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LOUCURA 15
mdagraça ferraz
Há sempre , um dia,
que a gente aperta o interruptor
e nada se alumia ao nosso redor
A gente então olha para cima
Esta lá : A lâmpada morta
Escura. Inútil,agora. Fria.
Poderia trocá-la, mas divago
Sou uma persistente curiosa
estudante das não valias,
dos supérfluos, de desimportâncias
Quantos meus passos esta lâmpada
clareou? Quantos meus rostos?
E qual o meu olho, estes egoístas,
que algum dia, diga-me,
qual o meu olho que olhou
esta mísera lâmpada solitária?
Talvez apenas o olhinho da mariposa,
míope, insano ,antes do último abraço
A lâmpada pendida
qual um fruto de casca
transparente,por dentro roído,
no meio do quarto
Ah mísera existência humana!
Sonhos. O amor ?Uma procura.
Ah vida louca...Esta minha pobreza!
Só enxergamos a lâmpada
quando já não é...
Na escuridão do quarto
resta-me apenas o tato,
duas mãos abertas como estrelas,
olhos meus fechados,
a lâmpada apagada,
algo arde sobre mim,
como uma fogueira alta,
desenho noite,
sou lua cor de prata
e muito mais...mais...nada!
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