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Poesias-->Viver e Morrer -- 19/08/2004 - 10:37 (HELTRON ISRAEL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Viveu! E, sem poder explicar nada,

Como agente indireto do destino,

No meu cientificista desatino

Torturo-me por toda madrugada.



Morreu! Interrompi a sua estrada,

E assim, como a ansiedade de um canino,

Gemente como os sonhos de um menino,

A mente alerta fica transtornada.



"Quem sabe lhe restara alguma sina?"

"Quem sabe lhe existira alguma causa?"

Pergunto-me confuso a noite inteira



"Quem saberá se a vida não termina

E a morte é como uma pequena pausa

Para alcançar a vida verdadeira?"







Meu primeiro óbito relacionado com a anestesia

2hs Após deixar o paciente na recuperação.

Paciente grave. Cirurgia paliativa para câncer de cólon.

(06/08/04)





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