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Poesias-->PORTUGUESAMENTE QUINHENTOS -- 03/11/2000 - 16:48 (Ildefonso Sambaíba) |
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PORTUGUESAMENTE QUINHENTOS
Pindorama, abril de dois mil
Quero afirmar-me sincero, digo: utilizar
não posso, fabulação cuja grafia se veja
ausente de uma língua bem portuguesa!
Donde um veio d’água jorra apóstrofo
Cem qüinqüênios levam dois tremas
Três pingos ornam inicio - no início
da primeira, do singular, do presente
Obstante as primícias do imperativo,
creio nos futuros e, crente, prometo:
Eternamente amarei a frase lítera
Em tempo algum me apartarei
do som, do harpejo, da cítara
Oh, belas-letras que a tantos encantam!
além da contagem, a outros espantam.
Entre todos, eis aqui, de ti, um súdito:
feito broche, grudei-me em tua lapela
...devoto de púlpito
Poetar como Poe, quisera!
Divagar como Alencar: quimera!
Se forem, as páginas, ficcionistas,
peregrinemos ao Formalismo de Praga.
São, os revéis, parnasumodernistas?
Ancoremos aqui, em Vera Cruz, a draga
E vós, sem rima, sem rota, sem rótulo...
sem trem, sois Poetas Trimilenistas?!
"A cada um, segundo as suas obras"
Tupã-Tupi, Jaci... Nação-Nagô, Ilê... alô!
Com a semiótica dos linguajares, ide e
pregai e dizei as verdades, literatura
- quinhentos anos depois -
a toda e qualquer criatura.
07.09.2000
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