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Poesias-->obra em negro -- 25/07/2004 - 21:09 (maria da graça ferraz) |
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primeira parte
Dixie, a obra in nigro
mdagraça ferraz
-Terás medo?
-Não
-Uma vez o processo
iniciado, nada
poderá detê-lo.
Terás medo?
-Não
Naquela tarde imóvel
De repente, a brisa
no meu rosto
como se a unha longa
de um harpista
tivesse achado a corda
As folhas nas árvores
quais notas suspensas
numa partitura, balançavam
E, algo em mim,
abria-se devagar
Não sabia o que era aquilo
mas aquilo dançava
Pensei que morreria
Havia perdido o domínio
E tudo esvaía-se
Quando vi Dixie aproximar-se,
sobre sua face,
um rabo de pavão
" Tenho medo,Dixie,
não me deixe morrer"
supliquei
Mas como ela veio, eu a vi
desaparecer
" Só a partir de agora
é que tu vives"
Eu então a segui
Uma serva com uma vela
a conduzir uma cega
-Terás medo?
-Nada temo
Estou em paz
comigo mesma
Mergulhamos de mãos
dadas dividindo a escuridão
em duas partes
Eu pálida
Dixie com uma pena de pavão
sobre sua face
Pai, seja feita
tua vontade
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