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Poesias-->Helena -- 19/07/2004 - 10:11 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando vi em teus olhos os traços lâconicos da tristeza e senti nas mãos toda aquela frieza...não consegui ficar em mim.

Segui as tuas lágrimas até o limite do sofrimento.

Sofrimento que palmo a palmo foi tirando-a dos meus momentos.E a loucura que parecia intervir...os gritos em lamentos, o desespero, o desespero.Enfim calaram na sacada.Parece que ao ver o firmamento sob a dor, naquela imensidão escura te desligou.

Você parou!

Parou...

Sua boca começou a deformar,

Sua carne a gelar e você alí pálida, pálida a desfalecer,como a se despedir, como a me deixar.

Helena!Helena...olhei em seus olhos vidrados,e vi a flor em seu tom esgotado.

De repente me vi no meio do nada.Só eu e você,a orar na sorte, entre as velas acesas e um monólogo de meus verbos, que pressagiavam, pressagiavam, me agoniavam até que, calmamente veio a sua morte.

Meu amor! Minha razão!

Por favor!E a gota da água, se foi num pranto, que derramei.

Não havia pulso,

Não havia sangue...Era sim chegada a sua hora.

Me ocorreu no peito e na cabeça um descompasso.

Um amargo na garganta, enquanto a boca seca procurava no absurdo uma palavra, que definisse o rumo, que me colocasse na estrada.Mas o silêncio, a escuridão e aquela grande aflição me deixaram sem saber da saída ou do começo.Pois alí...morria também o meu coração.
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