LEGENDAS |
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Poesias-->recordações 16 -- 16/07/2004 - 00:25 (maria da graça ferraz) |
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Recordações 16
mdagraça ferraz
Puxão de orelha, carão,
e depois:
O castigo!
Sentar na cadeira
em frente da parede
sem mexer um só dedo
Era o castigo!
Diante de mim
O irredutível
A lei incompreensível
A solidão íntima
A impossibilidade
de desvio ou de recuo
Era o castigo
O último degrau
Sentada na cadeira
diante da parede,
nem debater, eu podia
E quem me visse,
sentadinha na cadeira,
de costas, imóvel,
jamais repararia na linha invisível
prêsa ao meu dedo mínimo
Castigo?
Nada disto
Praticando pescaria
A parede fora um tipo
de horizonte manipulável
como mais tarde seriam
as noites solitárias
Dedos de anzol. Lata de iscas.
O velho dicionário
Sim ! Eu sobreviveria
à minha própria vida
Contaria-me mentiras...
muitas mentiras...de pescador
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